Art to resist, writing to revolutionize : a quest for individual, social, and aesthetic transformation in Manual de pintura e caligrafia by José Saramago

Vol.46,No.1(2025)

Abstract
In this study, we conducted a literary analysis of José Saramago's Manual de Pintura e Caligrafia (1977), focusing on the narrative's setting during the historical period leading up to the Carnation Revolution on April 25, 1974, a revolutionary movement led by the military and supported by the population. In this context, a parallel is drawn between the transition from dictatorship to democracy and the shift from painting to calligraphy in the craft of the protagonist, H. This parallel highlights how his personal and aesthetical transformation unfolds alongside the country's liberation, marking the beginning of a new sociocultural and political era in Portugal. Thus, we conclude that the revolutionary moment depicted in the novel is not merely a distant historical event but is deeply intertwined with the internal development of the character H., aligning with the climax of his quest for freedom and artistic authenticity.

Keywords:
dictatorial oppression; artistic making; writing; autognosis; representation

Pages:
126–141
References

Aguilera, F. G. (2010). As palavras de Saramago. São Paulo: Companhia das Letras.

Arnaut, A. P. (2014). José Saramago: da realidade à utopia. O Homem como lugar onde. In B. Baltrusch (Ed.). "O que transforma o mundo é a necessidade e não a utopia". Estudos sobre utopia e ficção em José Saramago (pp. 31–52). Berlin: Frank & Timme.

Conte, M. A. A. (2021). A noite em que o cravo feriu o fuzil: Da História e seu cortejo de oprimidos no teatro moderno de José Saramago. 159 p. Dissertação de Mestrado apresentada ao Conselho do Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da Faculdade de Ciências e Letras – Unesp. Araraquara-SP.

Galvão, J. M. (1999). O imaginário Português. Historiografia Cultural nos Romances de José Saramago. Salamanca: Calendário das Letras.

Grossegesse, O. (2021). O sentido político da educação estética – A lição de Saramago perante a fotografia de Alan Kurdi. In C. Nogueira, B. Baltrusch, & J. Cerdà (Eds.). José Saramago e os Desafios do Nosso Tempo (pp. 79–91). Barcelona: Universitat Autònoma de Barcelona.

Matos, V. (2022). De memórias nos fazemos. Santo André-SP: Rua do Sabão.

Nogueira, C. (2022). José Saramago: a literatura e o mal. Lisboa: Tinta da China.

Nogueira, C. (2020). Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago: a literatura e o mal. Romance Quaterly, 67, 3, 119–135.

Pinheiro, E. C. (2012). Manual de Pintura e Caligrafia: ponto de partida. In José Saramago: tudo, provavelmente, são ficções; mas a literatura é vida (pp. 18–47). São Paulo: Musa Editora.

Saramago, J. (2018). Último caderno de Lanzarote. São Paulo: Companhia das Letras.

Saramago, J. (1983). Manual de pintura e caligrafia. Lisboa: Caminho.

Silva, M. H. (2003). Saramago: Do pictórico e do escrito em Manual de Pintura e Caligrafia. Dedalus: Letras e Artes, [s/n], 241–253.

Vecchi, R. (2020). Disjecta membra do século breve. Memórias em risco e a história a contrapelo em dois romances de José Saramago. In C. Reis (Ed.). José Saramago. Nascido para isto (pp. 199–217). Lisboa: Fundação José Saramago.

Veira, J. (2018). José Saramago: Rota de Vida – Uma Biografia. Lisboa: Livros Horizonte.

Metrics

0

Crossref logo

0

web of science logo


37

Views

0

PDF (Portuguese) views